O 76º CNBot e o XV Encontro de Botânicos do Centro-Oeste (ENBOC) serão realizados na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), no Campus de Campo Grande, Mato Grosso do Sul (MS). A UFMS, com nota 5 no MEC, está entre as melhores instituições de ensino superior do Brasil, o que reflete sua excelência em ensino, pesquisa e infraestrutura. A Universidade, desde sua criação, está interiorizada no estado com campi instalados em nove cidades do interior: Aquidauana, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas, contribuindo para descentralizar o ensino superior e atender à demanda de várias regiões do Estado. O campus principal, que é a sede administrativa da UFMS, compõe a Cidade Universitária, localizada em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. 

Criado em 1977 após a divisão do antigo estado de Mato Grosso, o estado de Mato Grosso do Sul reconhece a cidade de Campo Grande como sua capital no ano de 1979, situada na região central do Estado, atualmente com cerca de 900.000 habitantes. Campo Grande tem elevada diversidade biológica e cultural, foi fundada por um mineiro e alguns colonos em 1875, atraídos pelos campos de pastagem férteis e ricas fontes de água. O crescimento da cidade se deu a partir da migração de paulistas, mineiros e grupos de colonos de outros estados brasileiros e, mais tarde, pelas colônias de libaneses e japoneses, que buscavam terras para a agricultura e também possibilidades de comércio, contribuindo para a construção da infraestrutura urbana e a fundação de fazendas. Campo Grande e as demais cidades de Mato Grosso do Sul como Corumbá, Bonito, Alcinópolis, Costa Rica, Porto Murtinho são representadas por povos tradicionais como quilombolas, indígenas, comunidades rurais, e de pescadores. 

Ao longo de 46 anos de existência da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, seus pesquisadores têm atuado para potencializar o uso dos recursos naturais na geração de renda junto às populações tradicionais do Estado e para agricultores dos assentamentos rurais. Em parceria com acadêmicos da graduação e pós-graduação, e com Organizações Não Governamentais (ONG), nos últimos 20 anos, esses trabalhos de extensão têm proporcionado o aprimoramento de técnicas artesanais, além de capacitações e publicações sobre os “Saberes e Sabores do Cerrado e Pantanal” (https://sabores.ufms.br/). Nestes projetos, o conhecimento das realidades locais em vários territórios do estado é priorizado, com a preocupação de que haja troca de de conhecimento dos docentes e discentes da graduação e pós-graduação com as comunidades locais, visando estimular o aproveitamento e a valorização de plantas alimentícias nativas de Mato Grosso do Sul. Estas atividades estão associadas também a valorização da cultura local e objetivam, em especial, a melhoria da qualidade de vida das pessoas e, especialmente, o aumento de renda e a conservação da vegetação nativa, por meio das boas práticas de higiene e de coleta, ao armazenamento, processamento de alimentos e sua comercialização.

Destaca-se também que a UFMS recentemente aprovou o Programa UFMS Indígena, com objetivo de contribuir para a efetivação dos direitos, e promover ações que respeitem a autodeterminação dos povos indígenas, valorizando suas culturas e favorecendo sua integração no desenvolvimento regional e nacional. Este e outros programas institucionais e projetos de pesquisa, têm promovido a inclusão, valorização e permanência dos povos indígenas, moradores dos assentamentos e professores do campo, no ambiente universitário, reconhecendo e integrando seus saberes, culturas e direitos no contexto acadêmico e institucional.